Rua:Doutor Aladim, 0001 - Bairro: João XXIII Cep: 59300000 - Caicó-RN - Brasil E-mail: e.i.n.senhoradorosario2011@gmail.com
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO
RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAICÓ
SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO
CULTURA E ESPORTES
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL NOSSA SENHORA
DO ROSÁRIO
RUA: DOUTOR ALADIM Nº0001
BAIRRO: JOÃO XXIII
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
BIÊNO 2011 E 2012
CAICÓ/RN
NOVEMBRO
2011
COORDENADORES:
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESCOLA MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO INFANTIL NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Dedicamos este trabalho a Deus e a todos os
funcionários, docentes e discentes, pais e responsáveis, colaboradores da Escola Municipal de Educação Infantil
Nossa Senhora do Rosário, que diante de toda essa trajetória se engajou na
dedicação do trabalho intra e extraescolar para a construção deste projeto.
SUMÁRIO
1-
INTRODUÇÃO
2-
JUSTIFICATIVA
3-
OBJETIVOS
3.1- GERAL
3.2-
ESPECÍFICOS
4-
HISTÓRICO DA ESCOLA
5- A
FUNÇÃO SOCIAL DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO
INFANTIL
6- VISÃO PARTICIPATIVA E
ESTRATÉGICA
7-
MISSÃO
8- FUNDAMENTOS TEÓRICOS
METODOLÓGICOS
9- DIRETRIZES CURRICULARES E
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
10- ACOMPANHAMENTO E
AVALIAÇÃO
11 – REFERÊNCIAS
1-
INTRODUÇÃO
Entende-se que o Projeto Politico Pedagógico
é uma ação intencional e o resultado de um trabalho coletivo, que busca metas
comuns que intervenham na realidade escolar.
Traduz a vontade de mudar, pensar o que se
tem de concreto e trabalhar as utopias; permite avaliar o que foi feito e
projetar mudanças.
DEMO
(1998), assim se refere a essa questão:
Existindo projeto pedagógico próprio, Torna-se
bem mais fácil planejar o ano Letivo, ou rever e aperfeiçoar a oferta
Curricular, aprimorar expedientes Avaliativos, demonstrando a capacidade de
evolução positiva crescente.
É possível lançar desafios estratégicos,
como: diminuir a evasão, introduzir índices crescentes de melhoria qualitativa,
experimentar didáticas alternativas, atingir posições de excelência. (p.248)
Nesse sentido, consideramos que o Projeto
Político Pedagógico prever todas as atividades da escola, do pedagógico ao
administrativo, devendo ser uma das metas, construir uma escola democrática,
capaz de comtemplar vontades da comunidade na qual ele surge, tanto na sua
elaboração quanto na sua operacionalização, desde professores, técnicos, pais,
representantes dos educandos, funcionários e outros membros da comunidade
escolar.
O Projeto Politico Pedagógico explica a
intencionalidade da sua elaboração, objetivos que expressam o que a escola
deseja alcançar, metas que são propósitos abrangentes no topo da escola, ações
que consiste no que será feito em prol do alcance dos objetivos,
acompanhamento, avaliação.
O mesmo tem como um dos princípios o
rompimento com a separação entre a prática e a teoria, afim de que o dia a dia
da instituição não seja um exercício casuísta.
2-
JUSTIFICATIVA
Compreendendo que a educação é um conceito
amplo no que se refere ao processo de desenvolvimento unilateral da
personalidade, envolvendo a formação de qualidades humanas, físicas, morais,
intelectuais, estética, tendo em vista a orientação da atividade humana na sua
relação com o meio social.
Corresponde a toda modalidade de influências
e inter-relações que convergem para a formação de traços de personalidade
social e de caráter, implicando uma concepção de mundo, ideias, valores
ideologias morais, políticas, princípios de ação frente a situações reais e
desafios da vida prática.
A Educação Infantil no Brasil e no mundo
tem ocorrido de forma crescente nas ultimas décadas, acompanhado a
intensificação da urbanização, a participação da mulher no mercado de trabalho
e as mudanças na organização de estrutura das famílias.
A sociedade está mais consciente da
importância das experiências na primeira infância, o que motiva demandas por
uma educação institucional para crianças de zero a cinco anos.
Entendemos que, mudar a escola não é fácil
e rápido, embora seja necessário e urgente. A sua transformação se dá em um
campo de luta pelas conquistas sociais que têm sido em longo prazo e limitadas
para a maioria da população brasileira.
Por tanto cabe a Escola Municipal de
Educação Infantil Nossa Senhora do Rosário tornar-se um dos agentes de mudança
social e constitui-se num espaço democrático, garantindo ao educando o direito
de usufruir da construção do seu conhecimento, oferecendo aos professores
educação continuada no sentido de se sentirem comprometidos com a qualidade da
educação, viabilizando uma gestão mais democrática e atuante, criando propostas
alternativas para uma possível superação de problemas escolares.
No tanto o interesse na elaboração deste
projeto é nortear o trabalho administrativo, pedagógico e financeiro da Escola
Municipal de Educação Infantil Nossa Senhora do Rosário, interferindo no bom
andamento das ações necessariamente para que essas mudanças ocorram numa
prática educativa voltada para a qualidade do ensino aprendizagem, considerando
os interesses e motivação das crianças, compartilhando para a formação de
cidadãos participativos, autônomos, capazes de atuar com compreensão em seu
contexto social no futuro.
3-
OBJETIVOS
3.1- OBJETIVOS GERAIS
ü Desenvolver ações educativas que busquem no ensino e aprendizagem uma
educação de qualidade.
ü Decidir coletivamente sobre as ações trabalhadas na escola para
alcançar de forma eficiente e eficaz suas finalidades.
3.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
o
Envolver toda a comunidade escolar em construir
um espaço educativo que busca ampliar seus conhecimentos, para a realização
integral e harmoniosa do educando, no processo construtivista.
o
Propiciar as crianças situações de aprendizagem
que lhe permitam aprender a pensar e atuar como cidadão participativo.
o
Instigar
atitudes de autonomia e independência junto às crianças
4-
HISTÓRICO DA ESCOLA
A Escola Municipal de
Educação Infantil Nossa Senhora do Rosário, localizada a Rua Doutor Aladim nº
0001, bairro João XXII construída na década de oitenta com a finalidade
assistencialista para atender as famílias que habitavam o bairro, onde os pais
colocavam seus filhos e seguiam para o mercado de trabalho em busca de sua
sobrevivência. Tinha como nome Creche Comunitária Wilma de Faria, por motivo de
ser a primeira dama do estado, homenagem recebida do atual governador na época
o Sr. Lavosier Maia seu esposo, firmava parceria com a prefeitura de Caicó,
Movimento de Integração e orientação Social - MEIOS e a Legião Brasileira de
assistência - LBV.
O trabalho aplicado na época
eram brincadeiras, repouso, alimentação e higienização. Após esse governo a
instituição recebeu o nome de Creche Nossa Senhora do Rosário ampliando seus
trabalhos com apoio de supervisores e coordenadores pedagógicos.
Conforme estabelecido na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, título IV, Art. 11
inciso V no ano de 2009 “Os municípios incumbir-se-ão de oferecer a educação
infantil em creches e pré-escolas...” a creche passou a ser municipalizada e de
acordo com a Lei Orgânica do Município de Caicó no dia 03 de agosto de 2009
denominando-se esta instituição pelo nome de Escola Municipal de Educação
Infantil Nossa Senhora do Rosário.
Atualmente o trabalho busca
quebrar a dicotomia entre educar e cuidar fundamentando-se na Lei de Diretrizes
e Bases - LDB, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil -
RECINEI e Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA interagindo e instigando
no desenvolvimento do ensino aprendizagem durante as ações das nossas crianças
cidadãs para que se tornem capazes de perceberem suas necessidades básicas do dia
a dia.
A escola funciona com uma
carga horária semanal de 40 horas, com 200 dias letivos durante o ano, um
quadro de funcionários de 25 pessoas, sendo 1 Diretor(a) (Representante Legal da Escola, responsável pelo
planejamento e atendimento aos professores e também faz um pouco do trabalho da
Orientação Educacional atendendo alunos, pais e profissionais especializados no
acompanhamento desses alunos); 1 Secretária que tem a função administrativa
(responsável por toda a documentação da escola, alunos e professores); 2
professores do quadro efetivo, 12 professores estagiários do programa Instituto
Euvaldo Lodi - IEL, no qual entre todos são titulares e auxiliares das turmas
de nível I a nível III; 3 Serventes, para serviços de limpeza da escola; 3 Funcionários
para serviços gerais e 2 Cozinheiras. É um ambiente cooperativo, onde todos
executam suas tarefas de maneira organizada.
O prédio da
Instituição encontra-se interditado, para reforma de restauração do mesmo,
assim a instituição está funcionando em outra escola cedida ocupando espaço de:
4 salas de aulas no matutino e 2 no vespertino; 1 secretaria; 1 cozinha (as refeições
das crianças são feitas na sala de aula) ; 1 banheiro com 3 divisões para as
crianças; 1 banheiro para os funcionários e pátio murado da escola; Utiliza
equipamentos eletro eletrônicos da escola cedida; Possui 1 televisor; 1 DVD
aparelho; 2 ventiladores; proporcionando um atendimento amplo a clientela
atendida.
A matrícula é efetuada pela
própria diretora, mediante conversa com os pais ou responsáveis legais, que
deverá apresentar os seguintes documentos: xérox da carteira de vacinação (lado
das vacinas que devem estar em dia), xérox da certidão de nascimento, endereço
de residência fornecida pelos mesmos, preenchimento de uma ficha onde constam
dados importantes sobre a criança, telefones de contato, para solução de
problemas como saúde entre outros. Para formalizar a matrícula é assinada a
ficha de matrícula do ano letivo, são combinados os horários, e demais normas
da instituição.
O educando é inserido em salas de acordo
com sua idade e são agrupadas conforme a faixa etária: Nível I de zero a um ano
e oito meses, Nível II de um ano e oito meses a dois anos e oito meses e Nível
III de dois anos e oito meses a três anos e oito messes com duas turmas de A e
B.
A instituição tem como meta o
desenvolvimento integral do educando, num processo que segue em etapas
respeitando os limites e amadurecimento cognitivo e motor de cada um em seus
aspectos físico, psicológico, social e intelectual e conta com a ação da
família e da comunidade. A proposta da escola fundamenta-se nos teóricos pesquisadores
dos marcos sócio interacionista e construtivista.
Segundo esclarece
Craidy & Kaercher sobre qual o papel do profissional da escola infantil:
“A perspectiva
teórica do sóciointeracionismo destaca o papel do adulto frente ao
desenvolvimento infantil, cabendo-lhe proporcionar experiências diversificadas
e enriquecedoras, a fim de que as crianças possam fortalecer sua autoestima e
desenvolver suas capacidades”. (2001, p.31)
Os profissionais que atuam na unidade tem
ensino médio, nível superior ou estão em formação acadêmica.
A equipe tem um bom relacionamento. A
direção realiza reuniões pedagógicas sempre que necessárias. Todos participam,
opinam e discutem os assuntos, para se chegar a uma decisão em comum, as
reuniões são coordenadas pela diretora da unidade.
Como afirma Abramowiz e Waysyop (1999): “A
organização de reuniões entre as profissionais ajuda a compreender melhor as atividades
desenvolvidas e pode servir para discutir problemas trocar conhecimentos e
estudar temas de interesses comuns”.
As reuniões com os pais ou responsáveis são
realizadas por bimestres, onde são apresentados os trabalhos realizados e a
avaliação de acompanhamento sobre o avanço do aluno, primeiramente são
socializados assuntos gerais, informações sobre a escola, programação e por fim
o professor diante da procura dos pais e responsáveis conversa individualmente
com cada um deles sobre o cotidiano da escola com relação às ações das
crianças.
Os pais assinam a ata de presença. Quando
necessário procuram a direção ou professores para conversar sobre assuntos
particulares de interesses educativos.
5-
A FUNÇÃO SOCIAL DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
As instituições de Educação Infantil:
creches e pré-escolas surgiram a parti de mudanças econômicas, politicas e
sociais, relacionadas com o ingresso da mulher no mercado de trabalho, principalmente
após a revolução industrial. Esta mudança na forma de organização da sociedade
que o trabalho nas indústrias trouxe deu origem às mudanças no modo de conceber
e perceber a infância e seu papel na sociedade.
As instituições de Educação Infantil no
Brasil é que oferece atendimento às crianças, filhos e filhas de trabalhadores
na indústria e de empregadas domesticas, tinham um caráter assistencialista,
higienista e até mesmos disciplinador da criança e de suas famílias.
Estas instituições não tinham uma
intencionalidade pedagógica que norteasse a aprendizagem e o desenvolvimento
integral das crianças, tendo como função atender basicamente ás necessidades de
sono, higiene e alimentação, guando muito, ensinando-as a rezar, cantar,
recitar e realizar trabalhos manuais.
Busca-se hoje o reconhecimento de que a
Educação Infantil é um direito da criança e de sua família e de que esta è a
primeira etapa da Educação Básica. Entretanto, ainda existem muitas praticas
que se baseiam numa perspectiva meramente assistencialista. Essas diferenças
podem ser percebidas nos contextos dos quais nós fazemos parte.
Segundo a Lei de Diretrizes e Base da
Educação no seu Art.29 “a educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos
físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade”.
No Art. 30 a educação infantil será
oferecida, I- creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos
de idade; II- pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.
O conceito de infância e de família foi
sendo determinado historicamente pela modificação das formas de organização da
sociedade.
O contexto sócio-econômico-cultural, que
influencia a forma da sociedade tratar a criança, é um contexto influenciado
pelas pessoas e também formador de pessoas, fica evidente a responsabilidade de
que cada indivíduo, professor (a), funcionário (a) das instituições que lidam
com a criança pequena tem de contribuir para um trabalho de melhor qualidade,
promovendo o desenvolvimento integral da criança e interações positivas entre
as mesmas.
A história das relações entre as
instituições de Educação Infantil e as famílias das crianças foram marcadas por
uma ideia de que era a escola que sabia o que era melhor para as crianças e
também para as famílias. Essas relações eram marcadas por um discurso educador
da escola com relação à criança e à sua família.
As relações que estas instituições mantêm
com a família e a comunidade são frutos das crenças, concepções e convicções
das pessoas que a formam.
Assim, qualquer mudança nessas relações
passa por crenças, concepções e convicções.
Em outras palavras, se as pessoas que atuam
nessas instituições não compreenderem a importância do envolvimento com a
família e a comunidade, no sentido de garantir a complementaridade, do trabalho
educativo junto às crianças pequenas, esta relação não será possível.
Não podendo esquecer que esse processo
também é influenciado pelas políticas voltadas para a infância.
Assim a ação da creche ou pré-escola
pode ampliar a ação da família.
Esse caráter de complementaridade deve
ser discutido e compreendido por todos os envolvidos neste processo no qual não
existem receitas prontas e onde duas questões são fundamentais: o respeito e o dialogo.
6- VISÃO PARTICIPATIVA E
ESTRATÉGICA
Entendendo que a educação é um conceito
amplo que se refere ao processo de desenvolvimento unilateral da personalidade,
envolvendo a formação de qualidades humanas, físicas, morais, intelectuais,
estéticas, tendo em vista orientação da atividade humana na sua relação com o
meio social, num determinado contexto de relações sociais.
Corresponde a toda modalidade de
influências e inter-relações que convergem a formação de traços de
personalidade social e do caráter, implicando uma concepção de mundo, ideias, em
convicções ideológicas, morais, politicas, princípios de ação frente a
situações reais e desafios de vida práticas.
A educação é instituição social quando se
ordena no sistema educacional de um país, num determinado momento histórico,
produto dos resultados obtidos, processo por consistir de transformações
sucessivas tanto no sentido histórico quanto no desenvolvimento da
personalidade.
Pretendemos no presente e no futuro ser
uma escola com ações voltadas para a qualidade do ensino, capaz de oferecer a
todos alunos, professores, funcionários, famílias, oportunidades de aprender a
conhecer, aprender a prender, aprender a fazer e aprender a ser.
Procuraremos ser reconhecidos como uma
escola onde todos praticam o respeito
e o dialogo melhorando sempre.
7-
MISSÃO
O coletivo de profissionais da instituição
de educação infantil tem como um organismo vivo e dinâmico a responsabilidade
pela construção do projeto educacional e do clima institucional.
A tematização da prática, o compartilhar
de conhecimentos são ações que conduzidas formam o coletivo criando condições
para que o trabalho desenvolvido seja debatido, compreendido e assumido por
todos.
Esses processos tece a unidade do projeto
educativo que embora traduzida pelos diferentes indivíduos do coletivo, parte
de princípios comuns. A unidade é construída dinamicamente ao:
Proporcionar a pratica do exercício dos
direitos das crianças adotando no dia-a-dia atitudes de solidariedade,
cooperação, repúdio (as injustiças) respeitando o outro e exigindo para si
mesmo o respeito.
Conhecer e valorizar a pluralidade cultural
posicionando contra a qualquer descriminação baseada em diferenças culturais,
de classes sociais, de crença, de sexo, de etnia ou outras características
individuais e sociais de toda a comunidade escolar na qual se torna convergente
a formação da personalidade da criança atendida nesta instituição.
Respeitar a diversidade de composição dos
arranjos familiares que encontramos nos dias atuais, compostas por pai, mãe e
filhos, outras nas quais a mãe é a única responsável pelos filhos, aquelas em
que os avôs ou as avós são responsáveis pela criança, entre outras. Essas
famílias precisam se sentir acolhidas e respeitadas pelas instituições de
Educação Infantil, de modo a encontrarem espaços, nessas instituições, para
compartilharem seus problemas e expectativas com relação à educação das crianças.
No entanto nossa missão é:
Educar para o futuro oferecendo aos nossos
educando um ensino de qualidade, fazendo que aprendam a viver e comunicar-se, a
resolver problemas e a aprender sempre, valorizando o seu potencial de cidadão
crítico e participativo.
8- FUNDAMENTOS TEÓRICOS
METODOLÓGICOS
Segundo Padilha o projeto politico
pedagógico PPP da escola pode ser entendido como um processo de mudança de
antecipação do futuro, estabelecendo princípios, diretrizes e propostas de ação
para melhorar, organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas
pela escola como um todo. Sua dimensão politico pedagógica pressupõe uma
construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos
escolares.
Ao pensar e plantar o PPP mais do que
implementar ou implantar, as relações
estabelecidas na escola é importante pensar que se pode
resgatar também a alegria a felicidade existente no espaço educacional,
festejar o encontro das pessoas e dos grupos, multiplicar os espaços de trocas
e de relações inter-transculturais.
(Padilha,
1999-2002).
A maioria das pessoas certamente concorda
com o fato de que uma escola boa é aquela em que os alunos aprendem coisas e
essências para sua vida. Quem pode definir qualidade na escola e ajudar no
contexto sociocultural que ela estar inserida é a própria comunidade escolar.
Cada escola tem autonomia para refletir, propor e agir na sua busca pela
qualidade da educação.
“Ao construirmos os projetos de nossas escolas, planejamos o que temos
intenção de fazer, de realizar. Lançamo-nos para adiante, com base no que
temos, buscando o possível. É antever o futuro diferente do presente”. (PASSOS, 1995)
Portanto para que esse direito se traduza
em melhores oportunidades educacionais para todos e em apoio significativo às
famílias com as crianças até 5 (cinco) anos de idade, é preciso que as creches
e as pré-escola, garantam um atendimento de boa qualidade.
As definições de qualidade dependem de
muitos fatores entre eles os principais são:
Ø Os valores nos quais as pessoas acreditam;
Ø As tradições de uma determinada cultura;
Ø Os conhecimentos prévios das crianças;
Os conhecimentos científicos sobre como as
crianças aprendem e se desenvolvem num contexto histórico, social e econômico
no qual a escola se insere, especifica como as da Educação Infantil, a forma
como a sociedade define os direitos da mulher e a responsabilidade coletiva
pela educação das crianças pequenas são fatores relevantes.
Torna-se preciso a aplicação dessas ações
políticas dentro das escolas, estimuladas, integradas pela gestão, que deve
estar trabalhando democraticamente e coletivamente valorizando o contexto sócio
cultural da instituição.
Planejar na Educação Infantil tem a mesma
utilidade que planejar em qualquer outra etapa educativa. Planejar permite
tornar “consciente a intencionalidade que preside a intervenção; permite prever
as condições mais adequadas para alcançar os objetivos propostos; e permite
dispor de critérios para regular todo o processo”. (Del Carmem 1993)
Favorecer o desenvolvimento do aluno em
todas as suas capacidades, alcançam-se mediante trabalho que se realiza em
torno dos conteúdos que fazem parte do currículo, a análise e a tomada de
decisões sobre o planejamento constituem elementos indispensáveis para
assegurar a coerência entre o que se pretende e o que se sucede na sala de
aula.
9- DIRETRIZES CURRICULARES E
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo os Referencias Curriculares Nacional para a Educação Infantil
(RECINEIS) as diretrizes curriculares possui caráter instrumental e didático,
devendo os professores ter consciência, em sua prática educativa, que a
construção de conhecimentos se processa de maneira integrada e global e que há
inter-relação entre os diferentes eixos sugeridos a serem trabalhados com as
crianças.
Nessa perspectiva, os referenciais são
guias de orientações que deveram seguir de base para fundamentações dos
profissionais da instituição, na elaboração de projetos educativos singulares e
diversos.
Os eixos temáticos contribuem para o
planejamento, desenvolvimento e avaliação das práticas educativas na Educação
Infantil considerando a pluralidade e diversidade étnica, religiosa, de gênero,
social e cultural das crianças dessa instituição, favorecendo a construção de
proposta educativa que responda as demandas das crianças, principalmente as com
necessidades especiais e seus familiares da comunidade que a escola está
inserida.
Estão devidos em:
v Introdução que apresenta uma reflexão sobre creches e pré-escolas no
Brasil, situando e fundamentando concepções de criança, de educação, de
instituição e do profissional.
v Formação Pessoal e Social que contém o de trabalho que favorece,
prioritariamente, os processos de construção da Identidade e Autonomia das
crianças.
v Conhecimento de Mundo que contém seis documentos referentes aos eixos
de trabalho orientados para a construção das diferentes linguagens pelas
crianças e para as relações que estabelecem com os objetos do conhecimento
divididos de zero a três anos e de quatro a seis anos: movimento, música, artes
visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e matemática.
Movimento de zero a
três anos tem como objetivos:
ü Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo;
ü Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para
expressarem-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;
ü Desloca-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular
etc, desenvolvendo atitude de criança nas próprias capacidades motoras;
ü Explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento
etc, para o uso de objetos diversos;
Música de zero a
três anos tem como, objetivo:
ü Ouvir, perceber e descriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras
e produções musicais;
ü Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais;
Artes visuais de
zero a três anos têm como, objetivos:
ü Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes
objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e
possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de
expressão artística;
ü Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes
superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação;
Linguagem Oral e Escrita de zero a três anos, objetivos:
ü Participar de variadas situações de comunicação oral, para interagir e
expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio de linguagem oral
contando suas vivencias;
ü Interessar-se pela leitura de histórias;
ü Familiarizar-se aos poucos com a escrita por meio de participação em
situações nas quais ela se faz necessária e do contato cotidiano com livros,
revistas, histórias em quadrinhos, etc.;
Natureza e Sociedade de zero a três anos, objetivos:
ü Explorar o ambiente, para que possa se relacionar com pessoas
estabelecer contatos com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos,
manifestando curiosidade e interesse;
Matemática de zero a
três anos, objetivos:
ü Estabelecer aproximações e algumas noções matemáticas presentes no seu
cotidiano, como contagem, relações especiais, etc.;
10- ACOMPANHAMENTO E
AVALIAÇÃO
As formas de expressão das crianças, de suas
capacidades de concentração e envolvimento nas atividades, de satisfação com
sua própria produção e com suas pequenas conquistas é um instrumento de acompanhamento
do trabalho que poderá ajudar na avaliação e no replanejamento da ação
educativa.
A valorização das suas conquistas pessoais
seja ela comer, sem ajuda, conhecer o nome de todos, cantar uma música, fazer
um desenho, etc. pode ser uma atitude esperada das crianças desde que tenha
havido condições para que elas próprias avaliem de forma positiva suas ações e,
da mesma forma, receba uma avaliação positiva dez.
O professor pode ajudar as crianças a
perceberem seu desenvolvimento e promover situações que favoreçam satisfazer-se
com suas ações.
Uma expressão de aprovação é uma das ações
que pode ajudar as crianças a valorizarem suas conquistas. Uma conversa
mostrando-lhes como faziam “antes” e como já consegue fazer “agora” se configura
num movimento importante de avaliação para as crianças.
No que se refere à Educação Infantil,
esta postura avaliativa significa a adoção de “posturas contrárias á
constatação e registros de resultados alcançados pela criança a partir de ações
dirigidas pelo professor, buscando, ao invés disso, ser coerente á dinâmica do
seu processo de desenvolvimento, a partir do acompanhamento permanente da ação
da criança e da confiança na evolução do seu pensamento. Tal postura avaliativa
mediadora parte do princípio de que cada momento de sua vida representa uma
etapa altamente significativa e precedente às próximas conquistas, devendo ser
analisado no seu significado próprio e individual em termos de estágios
evolutivo de pensamento, de suas relações interpessoais. E percebe-se, daí, a
necessidade do educador abandonar listagens de comportamentos uniformes,
padronizados, e buscar estratégias de acompanhamentos da história que cada
criança vai construindo ao longo de sua descoberta do mundo. Acompanhamento no
sentido de mediar a sua ação favorecendo lhe desafios, tempos, espaço e
segurança em suas experiências”.
(HOFFMANN,
1996, p.24)
Em se tratando de educação especial,
deve-se avaliar a identificação das potencialidades e necessidades educacionais
da criança, com estudo sócio familiar, exames médicos e outros que se fizeram
necessários, de acordo com o caso.
11 –
REFERÊNCIAS
BRASIL.
Secretaria de educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil: Introdução, V1. Brasília, 1998.
BRASIL. Secretaria de educação. Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil: Formação Pessoal e Social, V2. Brasília, 1998.
BRASIL. Secretaria de educação.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Conhecimento de
Mundo, V3. Brasília, 1998.
VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23. Ed. Campinas: Papirus, 2001.
Escola:
espaço do projeto político-pedagógico. 4. Ed. Campinas: Papirus, 1998.
SOLÉ, I.; HUGET, T.;
BASSEDAS, E. Aprender e ensinar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed,
1999.
LIBÂNEO, J. C.; Didática.
17. Ed. São Paulo: Cortez, 1994.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96.
Brasília, 1996
GADOTTI, M. Projeto Político-Pedagógico da Escola: fundamentos para sua
realização. IN: GADOTTI, M. & ROMÃO, J. E. (orgs). Autonomia da Escola:
princípios e propostas. 4a edição. São Paulo: Cortez. Instituto
Paulo Freire 2001 (guia da escola cidadã, vol 1)
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de
Ensino-Aprendizagem e Projeto Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.
----- (org.). Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção
possível. 15a edição. Campinas: Papirus, 2002.
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